Sankofa – História do Evento
Os/as docentes que apresentam a proposta deste evento, já trabalhavam com temas relacionados aos/as africanos/as e seus/suas descendentes antes do funcionamento da UNILAB, em 2011. Todavia, foi em 2015, que o líder do Grupo de Pesquisa África-Brasil, proponente desta proposta, organizou junto com o Grupo de Pesquisas e Extensão Educação e Cooperação Sul-Sul/ELOSS, o Grupos de Pesquisa, Estudos Trabalhadores Livres e Escravos no Ceará/UFC e a Pastoral dos Migrantes da Arquidiocese de Fortaleza, o “IX Seminário de Mobilidade Humana e I Seminário Internacional Migrações e Diásporas Africanas”, nos dias 17 a 18 de setembro de 2015, na UNILAB – Campus de Liberdade.
O seu tema principal girou em torno das diferenças entre os termos de “Mobilidade Humana”, “Migração” e “Diásporas africanas”, uma vez que o evento estava em sua primeira edição. Foram organizadas cinco MRs e dez GTs nos dois dias.
Tabela 1: Cinco MR da primeira edição, 2015
18 de setembro – Anfiteatro – Unilab |
Mesa redonda Mobilidade humana na contemporaneidade
Palestrantes: Paulo Parise (Missão Paz); Bas´Ilele Malomalo (Unilab); Carlos Henrique (unilab) Moderadora: Irmã Rosita Milesi (IMDH) |
Mesa redonda Diáspora africana na era da globalização e mobilidade humana: Brasil, Ceará e Unilab
Palestrantes: Ercílio Langa (UFC/IDDAB); Franck Ribard (UFC); Jacqueline Freire (Unilab) Moderador: Germana de Oliveira Moraes (UFC) |
Mesa redonda Marco legal sobre imigração e Estatuto do estrangeiro no Brasil: desafios e possibilidades
Palestrantes: Irmã Rosita Milesi (IMDH); Cleyton Borges (UNEafro); Tarin Cristino Frota Mont´Alverne (UFC) Moderadora: Bas´Ilele Malomalo (Unilab) |
18 de setembro – Anfiteatro – Unilab |
Mesa redonda Direitos humanos e mobilidade, refúgios, tráfico de pessoas
Palestrantes: Lívia Xeres (NETP/SEJUS); Irmã Rosita Milesi (IMDH); João Alfredo Telles Melo (Comissão de Direitos Humanos/ Vereador de Fortaleza) Moderador: Ricardino Teixeira (Unilab) |
Mesa redonda Migração, gênero, trabalho, estudos e políticas públicas
Palestrantes: Carlos Subuhana (Unilab); Rosalina Semedo de Andrade Tavares (Unilab); Iadira Impata (Unilab) Moderadora: Violeta Maria de Siqueira Holanda (Unilab) |
O que mais chama atenção nas MRs é o tratamento interdisciplinar dos temas e problemas teóricos e práticos propostos. Logo em seguida das apresentações surgem perguntas que enriquecem as reflexões e, muitas vezes, acabam apontando algumas soluções concretas.
Tabela 2: Dez GTs da primeira edição, 2015
Apresentação de trabalhos |
GT 1: Diáspora africana e cooperação internacional Brasil-África |
GT 2: Mobilidade Humana, urbana e cidadania |
GT 3: Experiências, Movimentos e Associações dos/para os Imigrantes |
GT 4: Educação, Migração Estudantil, Políticas Públicas e Institucionais |
GT 5: Direitos Humanos, Refúgio e Migrações |
GT 6: Migração, gênero e sexualidade |
GT 7: Migração, Diáspora Africana e Literatura |
Coordenação: Isabel Cristina dos Santos Teixeira (Unilab) |
GT 8: Migração, Mídias sociais e Arte Afro-Diásporica |
GT 9: Migrações, racismo, antirracismo e educação |
Coordenação: Evaldo Ribeiro e Elisangela André (Unilab) |
GT 10: História, Migração e Trabalhadores |
Em 2015, os GTs contaram em média com 8 integrantes e no mínimo com 2 coordenadores, totalizando uma participação de 100 apresentação de trabalhos.
Entre as instituições que trabalham em defesa dos direitos humanos e dos imigrantes, contou-se com a presença, em 2015, de Escola Superior de Magistratura Federal (ESMAFE/CE), Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado do Ceará (NETP/CE), Missão Paz/SP e UNEAFRO.
Essa primeira edição contou com pelo menos 150 inscritos; e participaram no evento uma média de 400 pessoas. A Equipe organizadora chegou a publicar os Anais do evento.
Em 17 e 18 de setembro de 2016, realizou igualmente, de forma conjunta, os mesmos dois eventos: o “X Seminário de Mobilidade Humana”; e a segunda edição do seminário sobre migrações e diásporas africanas foi rebatizado de “II Seminário Internacional de Migrações, Diásporas Africanas e Cooperação Sul-Sul”, nome esse que leva na sua terceira edição de 2017, ora proposta.
Tabela 3: Cinco MRs da segunda edição, 2016
18 de Outubro – Auditório 2 – Unilab |
Mesa Redonda: Crise internacional: Mobilidade Humana, Cooperação e Esperança
Palestrantes: Fabio Baggio (SIMI); Bas´Ilele Malomalo (Unilab) Moderadora: Irmã Eleia Scariot (MSCS) |
Mesa Redonda: Impactos das crises da economia mundial e da democracia sobre as migrações
Palestrantes: André Vasconcelos Ferreira (UFC); Gledson Ribeiro de Oliveira (Unilab) Moderador: Lourenço da Conceição Cardoso (Unilab) |
Mesa Redonda: Migração e educação antirracista e antissexista
Palestrantes: Marina Mello; Evaldo Ribeiro (UNILAB); Ercílio Langa (UFC) Moderadora: Elisangela André da Silva Costa (Unilab) |
19 de Outubro – Auditório 2 – Unilab |
Mesa Redonda: Direitos humanos, Lei de migração, Refúgio e Tráfico de pessoas
Palestrantes: Lívia Maria Xeres de Azevedo (NETP/SEJUS); Theresa Raquel Couto Correia (UFC); Marília Rabelo (Pachamama) Moderador: Lourenço da Conceição Cardoso (Unilab) |
Mesa Redonda: Cidade, Cidadania e Afrodescendência
Eduardo Machado; Ricardo Nascimento; Robson Cruz (Unilab) Moderadora: Vitor Macedo (Unilab) |
Uma das novidades da segunda edição é que o evento começou a contar com um tema central; e a crise sobre os refugiados sírios e africanos que tentavam ter acesso aos territórios europeus via Mediterrâneo, tinha chamado em muito a nossa atenção. O Fórum Social Mundial das Migrações que teve lugar, alguns meses, antes do nosso seminário em São Paulo, motivava-nos para conceber a migração numa perspectiva da esperança. Contou-se com uma média de 120 inscritos; e circularam no auditório de debates pelo menos 300 pessoas.
Tabela 4: Doze GTs da segunda edição, 2016
Apresentação de trabalhos |
GT 1: Diáspora africana e cooperação internacional Brasil-África |
GT 2: Mobilidade Humana, urbana e cidadania |
GT 3: Experiências, Movimentos e Associações dos/para os/as Imigrantes |
GT 4: Educação, Migração Estudantil, Políticas Públicas e Institucionais |
GT 5: Legislação, Direitos Humanos, Refúgio e tráfico de pessoas |
GT 6: Migração, gênero e sexualidade |
GT 7: Migração, Diáspora Africana e Literatura |
GT 8: Migrações, Mídias sociais e Arte Afro-Diaspórica |
GT 9: Migrações, racismo, antirracismo e educação |
GT 10: História, Migração e Trabalhadores |
GT 11: Branquitude e violência nos cenários das diásporas negra |
GT 12: Imigração e processos de saúde e de adoecimento |
A novidade nos GTs da segunda é edição é que se acrescentou o GT de “Branquitude e violência nos cenários das diásporas negra” e “Imigração e processos de saúde e de adoecimento”, totalizando 12. O número de participantes neles foi o mesmo do ano passado. A equipe organizadora já finalizou a revisão dos Anais e logo serão publicados. Essa demora é devida a falta de recursos. O evento continuou contando com os parceiros e apoiadores de sempre.
O “XI Seminário de Mobilidade Humana, III Seminário Internacional de Migrações, Diásporas Africanas e Cooperação Sul-Sul e o I Seminário Internacional de Novos Estudos Africanos”, embora tenham um foco especial voltado para as dinâmicas que constituem as migrações de povos africanos e seus/suas descendentes e na constituição de suas diásporas, preocupa-se de igual modo com os fatores propulsionadores de mobilidade humana de outros povos, especialmente, os povos do Sul em seus deslocamentos intracontinental, intrarregional ou internacional. Buscam compreender, nesse contexto, a geopolítica e a economia local, regional, continental e mundial, em que estão inseridos os agentes de migração, numa perspectiva interdisciplinar. Os/as migrantes, emigrantes e imigrantes são vistas nessa perspectiva como sujeitos históricos, portadores de cultura e histórias. Os/as pesquisadores/as que elaboram esse seminário empenham-se em garantir debates interdisciplinares em cada ano, contando nesse espaço com outros/as pesquisadores experientes, convidados/as, das universidades públicas nordestinas, nacionais e internacionais. Os temas do III Seminário emergem da conjuntura internacional, nacional e local, cabendo aos/as organizadores/as transformá-los em objetos de debates acadêmicos conforme os princípios de congressos e seminários científicos. Existe igualmente uma preocupação didática para que a sociedade civil se apropria dos debates para exigir às autoridades a elaboração de políticas públicas que assegurem seus direitos de cidadania. Nesse sentido é que na primeira edição do Seminário, em 2015, privilegiou-se reflexões teóricas em torno dos três conceitos: mobilidade humana, migrações e diásporas africanas. A segunda edição tinha por tema “Crise Internacional: Mobilidade, Cooperação e Esperança”; e a terceira elegeu o tema “Interseccionalidades, Migrações e Diásporas Femininas: Um olhar para os contextos africanos”.